No estômago

Faço o que quiser, somente o que sinto, desejo, tenho vontade, loucura. Sinto o que sinto, não o que quero, nem desejo, mas sinto e não bloqueio. Falo o que que quero e somente, somente, o que sinto, respiro, alívio de ser apenas quem eu sou, muitas em uma só, com devaneios, paradoxos, complexos, temores, delícias. Não crio em mim personages, nem pseudos, talvez por isso pareço, ou, sou, tão idiota e ridícula. Mas não sofro em ser quem não sou, não porque queira, deseje, sinta, mas por pura incompetência. Pensando bem, ainda bem que não me tornei uma atriz. Não teria técnica alguma em dissimular, chorar, sorrir, beijar… Seria muito incompetente. Aliás nada mais triste que fazer caras e bocas. Fingir no palco da vida ter uma vida que não a pertence. Só os verdadeiros se tornam inteiros e alcançam onde nem imaginariam chegar. Não se engane e muito menos tente enganar os outros. Meu querido filósofo já dizia; Serás quem tu és! Se cheguei em lugar nenhum, foi pela minha arte, em ser ridícula, em ser quem eu sou. Talvez encontrei o lugar mais difícil.

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