Cena 1

Saio de Cena. Ás vezes é preciso. Mesmo no auge. Não falarei a minha melhor fala. Não cantarei aquela música… nem me esfregarei no chão enlouquecidamente.  Me despeço do palco sem o nu, nem o beijo na boca. Muda. Essa é minha grande cena. Muda. Mudei. Foi preciso. É preciso. Será assim. Irei contracenar sozinha. No meu silêncio. Grito. Forma de insistir na tentativa. Mas não no erro. Quero ser eu mesmo. Cansei do meu personagem real. Atual. Pode ser que nunca mais suba nesse palco. Não receba aplausos. Nem flores no camarim. Muito menos darei autógrafos para as crianças. Nem tudo na arte é tão belo. Está feio. O texto. O jeito. O gosto. Amargo. E esse texto não poderia ter fim, afinal me despeço, mesmo sabendo que o melhor estaria por vir. A construção do amor. Pode vir com a descontrução. No fundo estou buscando um fim. Talvez o meu sair de cena seja o grande auge da minha estréia. “Gill enfim estréia no Amor”.

Por mim mesmo…

Deixe um comentário